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Palmeiras almoça líder. Macarrone da mamma vai bombar

Menon

30/09/2018 13h21

O almoço de domingo é uma das lembranças mais felizes da infância. Mamãe fazia macarrão com molho de tomate e brachola. Ou frango assado. Cada um tinha um pedaço do frango para chamar de seu. Meu pai ficava com a coxa. O peito era meu. E a gente pegava aquele osso para brincar. Eu e minha irmã.

Depois, mudei para a casa da minha avó. E o ritual era o mesmo, só que  mais farto. Dona Stela, a vó, gostava era mesmo de banquete. Comprava tudo no açougue ou na padaria. Muito macarrão e muita carne.

Domingo é dia de futebol e almoço em família. Instituições incrustadas no nosso imaginário coletivo. O almoço vem de mais tempo. É uma tradição que se mantém, às vezes imutável, às vezes um pouco modificada. O futebol é mais recente e bate de frente com o almoço. Em qual de nossas famílias, a mamma ou a nona não ficou magoada porque um filho foi jogar e voltou tarde? Ou outro saiu mais cedo para ir ao estádio? Mas precisa sair quatro horas antes, come um pouquinho, mas que fanatismo….

Hoje, o almoço nas famílias palmeirenses será muito feliz. O time ganhou com facilidade do Cruzeiros. Ambos com desfalques e o Palmeiras rendeu muito mais. Um lindo gol de Lucas Lima, bela cabeçada de Hyoran e um de pênalti, o primeiro de Gustavo Gómez, um zagueiro que pode marcar época no Palmeiras. Mesmo sendo muito bom, ele se atrapalhou em uma bola no primeiro tempo, o que permitiu que o árbitro cometesse mais um dos erros tão comuns no Brasil.

O Palmeiras é líder, pelo menos até as 16 horas. Os descrentes podem dizer que isso não é nada. É muito. Coloca pressão em cima de São Paulo, principalmente, e o Inter.

É hora de comemorar. Com tudo o que a mamma souber fazer. E, aliás, o texto aqui é historicamente defasado. O Palmeiras, há muito, não é só Itália. Ele soube se expandir por todas as classes e cores. Por isso, é gigante. Mas, cá entre nós, não tem nada melhor que uma bela brachola. Concordam?

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.