Topo

Menon

São Paulo: R$ 33 milhões e nenhuma solução

Menon

22/10/2018 12h51

Há muito a corrigir no elenco do São Paulo. E não é por falta de dinheiro. Raí gastou quase 50 milhões, dinheiro da venda de Prato, e Diego Aguirre não tem reserva para Nenê, Rojas, Everton e Bruno Peres.

A seguir, um  resumo de como o dinheiro foi (mal?) gasto. Dos quase 50 milhões, apenas os 15 milhões gastos para tirar Everton do Flamengo são inquestionáveis. Os outros 33 milhões trouxeram muito mais dúvidas que certezas ao clube.

O São Paulo tem três centroavantes: Diego Souza, Gonzalo Carneiro (podem jogar também como meia) e Trellez. Qual dos três é uma certeza para 2019? Certeza de ser o titular? Ou, ainda mais, certeza de apresentar um bom rendimento durante o ano todo? Aquele que o torcedor pode dizer: "estamos garantidos, temos um cara que fará mais de 20 gols no ano, temos um centroavante que nos garantirá vitórias em jogos duros e decisivos"?

Qual dos três?

Nenhum.

E o São Paulo gastou muito por eles. Sob o o comando de Raí. Dieg Souza custou R$ 10 milhões, Trelles veio por R$ 6 milhões e Gonzalo Carneiro, R$ 2,6 milhões. Pelo uruguaio, o São Paulo ainda vai pagar nova parcela de mesmo valor. Carneiro está tendo algumas chances agora, é difícil saber do seu potencial, mas certeza, não é.

Então, somando, temos R$ 18,6 milhões gastos e nenhuma certeza.

O São Paulo tem dois goleiros: Sidão e Jean. Não conto Perri porque ainda não estreou, o que considero um erro. Então, vamos nos fixar nos dois que atuam.

Qual dois dois é uma certeza para 2019? Certeza de segurança, certeza de estar pelo menos entre os sete melhores do campeonato?

Nenhum, não é.

E o São Paulo gastou R$ 6 milhões para ter Jean. Se ele tivesse cumprido algumas metas, custaria R$ 10 milhões.

Existe alguma certeza de que Jucilei será um volante que renda muito bem, com boa chegada na área? Impossível. Existe alguma certeza de que ele será titular do São Paulo? Não, já que está ameaçado por Liziero e Luan. E o São Paulo pagou R$ 4,6 milhões por ele. Como pagou R$ 400 mil por Edimar. Pouco dinheiro, certeza nenhuma.

E Everton Felipe? Algum torcedor tem certeza de um bom aproveitamento dele? Pode-se dizer que ele tomará a posição de Rojas? Ou, que pelo menos, será um bom reserva para Rojas ou Everton? Nenhuma certeza. Por enquanto, na ausência de Everton, Diego Aguirre é obrigado a escalar Reinaldo ou Liziero. Everton Felipe custou R$ 3 milhões e mais o Morato. E o Sport receberá mais R$ 3 milhões em janeiro.

Somando, então, temos R$ 32,6 milhões gastos. Nenhum título. Nenhuma certeza para 2019.

E temos ainda Everton, Custou R$ 15 milhões e aprovou totalmente. É uma certeza para 2019. Será o principal jogador do time. Desde que as contusões não o atrapalhem.

Ironia do São Paulo. Se quiser ser campeão da Libertadores, precisará de um goleiro, de um meia e de um centroavante. O dinheiro gasto em 2018, sob este aspecto, foi perdido.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.