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Menon

Jair não tem tamanho para o Corinthians

Menon

05/11/2018 04h00

Jairzinho, Tostão, Pelé e Edu.

Jairzinho, Tostão, Pelé e Rivellino.

Rogério, Jairzinho, Roberto Miranda e Caju.

Grandes ataques do futebol brasileiro. Jairzinho estava nos três.

Nenhum deles existiria se o treinador fosse Jair Ventura, filho do Furacão.

Sim, assumo. É uma comparação sem nexo. Os tempos são outros. Ninguém joga hoje com tanta gente no ataque.

Mas a prudência ou pragmatismo ou covardia de Jair Ventura é enorme. Mesmo levando em conta que o grupo de jogadores que comanda é fraco. Pode-se dizer que de baixo nível.

Tudo bem, mas…

Precisa jogar mesmo com Ralf e Gabriel? Que tipo de jogo vai nascer desse casamento?

Precisa mesmo escalar Danilo Avelar? Não é possível buscar outra opção no elenco?

Precisa mesmo montar inócua retranca que não protege Cássio?

A questão maior é a (falta de) atitude.

Jair dá a impressão de ter apenas um modelo de jogo. Apenas um modo de entender futebol. Um mantra: "fechamos atrás e saímos rapidamente em contra-ataque".

Só que não.

Não está dando certo.

Nem fecha e nem sai.

Para dirigir o Corinthians, é preciso pensar grande.

E Jair não está fazendo isso.

Ele não está se distinguindo de todos os problemas que o time tem. Está se caracterizando apenas como um a mais. Um problema a mais.

 

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.