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São Paulo mais agradável de ver

Menon

18/11/2018 20h14

O São Paulo não se tornou um grande time de uma hora para outra. Mas permitiu ao seu torcedor respirar durante o jogo. Antes, com Aguirre, a angústia era total, mesmo quando o time estava vencendo. Era um jogo estritamente de resposta, fechado atrás e apostando em contra-ataques com Everton e Rojas. Quando perdeu os dois, a queda foi muito grande.

Contra o Cruzeiro, com Jardine, foi diferente. O time mostrou variação tática. Não havia três volantes. Não havia dois homens espetados nas pontas. Ele colocou Shaylon desde o início, formando uma dupla de meias com Nenê. Os dois foram bem. Nenê melhor, flutuando bastante. Shaylon mostrou participação efetiva no jogo. Não foi o cara desligado de outras partidas. Mostrou que pode ser um jogador com futuro no São Paulo e não no Portimorense, onde está Lucas Fernandes.

Ao desistir do jogo de contra-ataque, o São Paulo passou a ter mais posse de bola e mais variedade de ataque. Criou jogo também pelo meio, não apenas com cruzamentos. Aos 38 minutos, foi possível ver o São Paulo pressionando a saída de bola do rival. Algo impensável ha pouco tempo.

Ainda há o que melhorar. E muito. Diego Souza e Nenê, juntos, têm 70 anos. Difícil manter o ritmo até o final. Sempre há uma queda de rendimento que traz muitas preocupações.

Pena que a contusão de Reinaldo tenha queimando uma substituição, o que impediu a entrada de um garoto a mais. Anthony poderia ter mais um pouco de experiência já visando o próximo ano.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.