Decisão de Vital deve ser respeitada
Tenho muitos amigos corintianos. Dois deles tiveram reações opostas ao fato de Matheus Vital não comemorar o gol que marcou contra o Vasco, seu ex-time.
Fernanfo argumentou que o gol era importantíssimo para o clube e a torcida e que ele deveria comemorar. Se está com saudades, se está triste porque fez o gol, que volte para o Vasco.
Moacyr, o engenheiro Pinduca, elogiou Vital, a quem chamou de grande homem. Mostrou respeito ao Vasco, o clube que o revelou e que lhe deu tudo na vida.
Tudo mesmo. Aos nove anos, Matheus Vital viu a mãe ser assassinada em um assalto. "O Vasco fez tudo por mim. Colocou uma psicóloga 24 horas ao meu lado", disse, quando chegou ao Corinthians.
O que eu acho? Fico balançado com os dois argumentos, mas a questão aqui é outra. Eu, como jornalista, tenho o direito de julgar a decisão dele? Uma questão de foro íntimo, uma decisão tomada sob emoção? E com variáveis que eu nem conhecia, como o assassinato da mãe?
Sinceramente, acho que não é minha função. Não é meu direito. Convivi profissionalmente com grandes jogadores a quem considero seres humanos desprezíveis. Gênios da bola que não reconheceram filhos, por exemplo. Quando analisei suas atuações, nunca pensei nas divergências morais que tinha com eles.
Falar de futebol já não é fácil. Imagina ser juiz de comemoração alheia.
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