Selvageria
Está na hora de dar nome aos bois. Nada de futebol-raiz, nada de futebol-paixão, nada de coração no bico da chuteira, nada de alma portenha, nada de south American way.
O que se viu em Buenos Aires foi selvageria. Foi barbaridade no pior sentido da palavra. O ataque dos torcedores do River ao ônibus do Boca poderia ter terminado em tragédia. Em morte. Uma vez mais.
A maior rivalidade futebolística do mundo poderia passar a todo o planeta uma imagem de força e beleza do glorioso futebol argentino, que deu ao mundo apenas Alfredo Dia Stefano, Diego Armando Maradona e Lionel Messi.
Não foi assim. Preferiram mostrar todos nosso subdesenvolvimento intelectual, toda nossa falta de cultura e educação. E estamos falando do país de Jorge Luis Borges e Bioy Casares.
Sejamos justos. Aqui é assim também. Como lembrou um amigo, a torcida do São Paulo pressiona quem chega ao Morumbi, houve gás de pimenta no Parque Antártica, jogaram uma privada na Vila e quem não se lembra da Fiel tentando invadir o Pacaembu e das pedradas em Ricardo Pinto?
E todos se matam.
O futebol é maravilhoso
Mas é também o espaço ideal para que nossa canalhice latente venha à tona. Como um geiser exalando o mau cheiro do machismo sul-americano.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.