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Rodrigo Caio foi covarde e antiprofissional

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04/12/2018 10h21

A entrevista de Rodrigo Caio ao André Henning foi reveladora. Com surpreendente sinceridade, o jogador do São Paulo se mostra uma pessoa capaz de atitudes mimadas calculistas e covardes. E antiprofissionais.

Mimada porque se magoou com a falta de visitas de Aguire ao Reffis, onde se recuperava. Sim, o treinador deveria ter ido. Não foi. Pronto. Acabou. Rodrigo Caio que o procurasse e expusesse sua decepção. O que não pode é tamanha mágoa prejudicar o clube.

Covardia por se recusar a jogar na lateral direita em momento de grande necessidade do time. Calculista, pelo motivo alegado: a torcida me vaia até no aquecimento e se algo der errado, vai sobrar para mim.

Foi antiprofissional também. No seu contrato está escrito que ele só pode jogar como zagueiro? E, ao se recusar a jogar, ele sugeriu diminuição de salário?

Hoje em dia, fala-se em gerenciamento de elenco. E que, se um técnico perde o vestiário, perde o emprego. Pode até ser, mas no caso a falta de dignidade é do jogador e não de Aguirre.

Rodrigo Caio está certo em falar da torcida do São Paulo, que forçou a saída de Maicon. Um absurdo. Como foi com Kaká e Luís Fabiano. Todos pediram para sair. Nenhum se recusou a jogar.

Poderia até falar, e estaria correto, que as vaias não se justificam, tecnicamente falando. Elas são causadas pelo episódio com Jô, quando Rodrigo Caio se revelou um gigante ético. Agora, foi um anão.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.