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Menon

Boselli, Hernanes, Rodrigo Caio, Carlos Eduardo....Acorda, Santos

Menon

02/01/2019 11h14

Gosto muito das provas de meio-fundo no atletismo: 800 e 1500 metros. Não têm aquela explosão de adrenalina dos 100m, quando quem corre acima de dez segundos sai na foto como aquela visita inesperada de final de ano: atrás, meio escondidinho, uma pessoa legal, mas quase estranho no ninho.

As provas de meio-fundo têm emoção, mas tem tática também. Se o cara quiser largar como se tivesse incorporado Usain Bolt, estará na rabeira antes de se completar a primeira volta. Com 300 metros percorridos, sua luta já será para não ficar em último. Os corredores precisam saber como estão os adversários, precisam fazer jogo de equipe, precisam se defender de jogo de equipe e precisam de gás no final para dar o sprint vencedor. Ou, para não ser surpreendido por ele.

Estará o Santos incorporando o nosso Joaquim Cruz, grande atleta de meio-fundo? Estará ali no bolo, esperando a hora certa de uma arrancada no mercado da bola? Não, a comparação no momento até agora é outra. Enquanto os outros correm, o Santos está com os dois pés pregados no chão.

Se fôssemos continuar brincando com o atletismo e se agora o tema fosse um revezamento 4×100 ou 4x400m, a imagem nos mostraria um quarteto que contratou um grande treinador (Sampaoli), mas que perdeu dois atletas: Dodô e Gabigol. E que está perdendo Bruno Henrique para o Flamengo.

E as perspectivas são ainda piores quando se lembra que Rodrygo em breve partirá também. Cumprirá a sina de toda grande revelação brasileira dos últimos tempo: render dinheiro e não futebol a quem o revelou. Muito melhor que Robson Bambu, que o Santos, após uma barbeiragem incrível, perdeu para o Furacão.

O Santos precisa reagir rapidamente. E causa espanto saber que Renato, o executivo de futebol está de férias na Espanha. Será mesmo? Ou está buscando algum reforço importante? Tomara que sim, caso contrário o semestre estará totalmente prejudicado.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.