Topo

Menon

O Galo de Ouro (4/40)

Menon

16/01/2019 11h42

Gosto muito de literatura latino-americana. Do colombiano comunista Gabriel Garcia Marquez ao ultra liberal Mário Vargas Llosa.

Tenho muita vontade de ler Pedro Páramo, do mexicano Juan Rulfo. A vontade aumentou ao ler O Galo de Ouro, presente dado pelo meu amigo Moacyr, o Engenheiro Pinduca.

A história é simples e curta. Linear. Um miserável, com o braço danificado, não tem emprego e ganha (?) a vida andando pelas ruas da pobre cidade, anunciando animais perdidos e mulheres raptadas.

Literatura não se mede pelo que se conta, mas como se conta.

E Rulfo conta bem. Muito mais que bem.

Um exemplo.

"Morava em um casebre quase em ruínas no bairro do Arrabal, com a mãe, doente e velha mais por causa da miséria que por causa dos anos".

A vida de Dionizio Pinzon muda quando ganha um falo com a asa quebrada e quando conhece Bernarda Cutino, a cantora que trazia sorte a quem estava a seu lado.

A edição da José Olimpio é ótima. Tem uma capa linda, dois estudos sobre o livro, a sinopse feita por Rulfo para adaptação ao cinema e outro estudo sobre "A Fórmula Secreta", outro roteiro de Rulfo.

Estou animado. Que venha Pedro Páramo.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.