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Gonzalo Carneiro é grande só no tamanho e na falta de profissionalismo

Menon

20/01/2019 03h00

Gonzalo Carneiro é um jogador jovem e que teve sua carreira prejudicada por contusões seguidas. Pode até ser um dos motivos para que sua contratação no ano passado fosse apenas uma grande interrogação. Mas, como o São Paulo tem um histórico de ídolos uruguaios e como foi Lugano, um destes ídolos, que o indicou, a apreensão deu lugar à expectativa. E esperança.

Recuperou-se das dores no púbis, teve algumas chances com Diego Aguirre e teve nova contusão. E o que se viu quando teve oportunidade? Muito pouco futebol. Altura e velocidade pelos lados do campo. Não mostrou nada para ser titular do São Paulo e de outros grandes clubes brasileiros.

E agora, não aparece na concentração. Não avisa ninguém e fica fora de estreia. Recorre ao mesmo estratagema de seu compatriota De Arrascaeta. Não aparece. Some. Não cumpre suas obrigações profissionais. Não tem a coragem de olhar no olho de quem o contratou e dizer que não quer ficar mais.

Nem quero entrar em uma seara que agrada muito ao torcedor, sempre passional. O clube o curou e agora ele cospe no prato em que comeu, vira as costas etc etc. Nada disso. A relação atual entre jogador e club é estritamente profissional. Nada contra. Nada errado. Mas não pode ser antiprofissional. O jogador não pode obedecer cegamente o seu agente. O que aconteceu? Apareceu alguma oferta do futebol uruguaio ou de algum outro país? Simples.Compareça à concentração e vá para o jogo. Não iria entrar mesmo. Ou então, vá até a concentração junto com seu empresário e peça para sair. Derlis Gonzalez fez assim no Santos.

Pedro Rocha, Pablo Forlán, Dario Pereira e Diego Lugano fizeram história no São Paulo, que agora é desprezado por Gonzalo Carneiro. Impossível não pensar que o poste está fazendo xixi no cachorro nesse futebol dominado por empresários.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.