Topo

Menon

Vitinho é a nova vítima de oba-oba de parte da imprensa e de diretores

Menon

21/01/2019 13h49

Vitinho custou 10 milhões de euros em 2018.

Vitinho é covardemente vaiado no início de 2019.

Mas, qual Vitinho é vaiado?

O cara que começou bem no Botafogo, foi para o CSKA, foi emprestado para o Inter e voltou para o CSKA, sempre com bom futebol, mas nunca cogitado para a seleção brasileira e nem para um grande clube das grandes ligas europeias?

Ou o Vitinho que chegou ao Flamengo debaixo de festa enorme, como se fosse a maior maravilha do mundo?

O Vitinho real, um bom jogador, ou o Vitinho inflado, um supercraque?

Eu me lembro do Diego. Sua chegada ao Flamengo foi tratada como um salto enorme do clube, como – vamos reverenciar o Luxemburgo? – como um upgrade definitivo. Um repórter perguntou qual a a sensação de estar no maior clube do Brasil.

Oba-oba que mistifica e mitifica um jogador que nunca teve sucesso na seleção brasileira. E que nunca foi protagonista nos clubes que defendeu. Novamente, um bom jogador, de carreira maior que a de Vitinho, mas não o cara que foi vendido como solução futebolística e até de liderança para o Flamengo.

Resultado: terminou vaiado também.

Os casos de jogadores inflados pela mídia e pela torcida fanática são muitos.

Alguém pode dizer que Geuvânio decepcionou? Ora, aí é demais, né? Geuvânio sempre foi um jogador rápido e mais nada. Foi uma dos muitos jogadores de contra-ataque revelados pelo Santos.

As grandes contratações do ano são grandes contratações mesmo? Para o mercado brasileiro, sem dúvida, os clubes estão de parabéns, mas é melhor ter os pés no chão. Vamos ver algumas verdades nuas e cruas?

Hernanes – Não era destaque na China. Na China. Tem uma bela carreira na Europa, mas estaremos vendo os últimos anos de um belo jogador. O melhor Hernanes já foi visto por aqui há dez anos.

Boselli – Grande carreira no México, mas nenhuma carreira na seleção argentina. O que vamos ver é o final de carreira de um atacante que nunca esteve à altura de seus grandes compatriotas.

Ricardo Goulart – Fez dois grandes campeonatos pelo Cruzeiro, foi bicampeão brasileiro e também brilhou na China. Mas, novamente, nunca esteve na seleção brasileira de forma constante. Ele é mais jogador que Scarpa e Lucas Lima? Veremos. Aliás, quando o Lucas Lima, a grande estrela da janela passada, vai brilhar?

Gabigol – Muito bom para o mercado interno, ótima contratação, mas, convenhamos, uma piada na Europa.

É preciso ter calma agora, para depois não ficar chocado com as vaias. Afinal, os torcedores podem estar vaiando um jogador que nunca existiu, criado por fanáticos, nós, jornalistas, e eles, diretores

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.