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Flávio Rodrigues de Souza brilhou mais que as estrelas do Palmeiras

Menon

24/01/2019 11h06

A piada é óbvia: Flávio Rodrigues de Souza tem direito de pedir música no Fantástico, após negar, por três vezes, um pênalti ao Botafogo de Ribeirão Preto na derrota por 1 x 0? Como uma pessoa pode errar tanto? Aliás, foram quatro pênaltis, porque Edu Dracena empurrou Pimentinha duas vezes. O juiz apitaria se o lance fosse fora da área?

Torcedor do Palmeiras, que chegou até aqui, não perca seu tempo pensando "e aquela vez que o Palmeiras foi prejudicado?". Sim, foi. Muitas e muitas vezes. Talvez tenha até perdido um título por causa disso, no famoso gol de Leivinha, anulado contra o São Paulo. E, não, eu não estou dizendo que o árbitro é desonesto. Nunca diria isso. Nem o conheço. E não estou falando de esquema crefisa ou qualquer coisa nesse sentido.

Pronto, dá para conversar sem clubismo?

O fato é real e foi confirmado uma vez mais: a arbitragem brasileira é péssima. Os árbitros entram em campo preocupados em manter autoridade a todo custo. É a primeira missão deles. Colocar jogadores, treinadores, todo mundo enfim em seu devido lugar. CA LA DOS. Se esta missão moralizadora e autoritária for cumprida, está muito bom.

Não está, né? Erram, erram e repetem o erro. E todos se agarram à muleta do pouco alcance do olho humano. "Ah, se na cabine, com auxílio do replay, os jornalistas ficam em dúvida, imagine o árbitro dentro de campo, tendo que decidir em uma fração de segundo". Pode até ser, mas ninguém critica árbitro por erros desse tipo. Tudo é relevado.

O que não pode é uma pessoa que:

escolheu a profissão, sem ser obrigado, afinal não se trata de recrutamento militar…

ganha muito bem para apitar um jogo…

cometa tantos erros assim, influenciando no resultado do jogo, influenciando no trabalho de profissionais de futebol, influenciando na classificação e influenciando na vida financeira de jogadores de futebol. Árbitro não ganha prêmio, jogador, sim.

Não sei como uma empresa pode colocar sua marca no uniforme de quem erra tanto e tão constantemente.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.