Pequenos incêndios por toda parte (5/40)
É o segundo livro de Celeste Ng que leio. Como o primeiro, "Tudo o que nunca contei", fiquei com a impressão de um livro-cebola, com várias camadas. A cada página, ela vai desconstruindo uma realidade que parece estática, programada, planejada em mínimos detalhes.
Mas a vida não é assim, né?
Enquanto os Estados Unidos discutem o caso Bill Clinton e Mônica Lewinski, Shaker Heighs, um bairro planejado de Cleveland está mais preocupado em saber se o bebê May Ling (ou Maribelle) deve ficar com Bebe Chow, a mãe arrependida que o deixou no Corpo de Bombeiros ou com o casal Linda e Mark, que, após anos sem tentar engravidar, recebeu o presente do Corpo de Bombeiros.
A disputa coloca em lados diferentes Elena Richardson, amiga de Linda e um ícone dos valores do bairro e Mia Warren, uma fotógrafa nômade, sua inquilina e companheira de trabalho de Bebe Chow em uma lanchonete.
Duas famílias mais que diferentes, contrastantes, antagônicas. Mãe repórter que mora no bairro há três gerações, casada com colega de faculdade, com quatro filhos em escadinha. Mãe sem marido, com uma filha que não conhece o pai.
E a cebola vai abrindo suas camadas. Moody, filho de Elena, é apaixonado por Pearl, filha de Mia, mas ela tem sua primeira vez com Trip, o outro filho de Helena. E quem abortou? Pearl ou Lexie, filha de Elena. E Izzy, outra filha de Helena, por que é tão apegada a Mia? E quem é o pai de Pearl? E por que Mia e Pearl não ficam mais de seis meses em nenhuma cidade? Fogem de alguma coisa?
Relação entre mãe e filha, barriga de aluguel, aborto….
Nada é normal, de perto.
A placidez de um rio esconde perigos enormes.
Livro imperdível.
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