São Paulo contra um Cordobazo
Há 50 anos, em maio de 1969, Cordoba foi tomada por um fortíssimo movimento popular, de enfrentamento à Ditadura de então. O movimento foi determinante para o enfraquecimento do regime, que precisou realizar eleições em 1973. Foi o Cordobazo.
"Nossa chance é um cordobazo hoje", me diz a solícita Soledad, quee levou até a minha cabine no estádio Mário Alberto Kempes.
Pressão desde o início, apostando muito na dupla Moreno e Palácios. E com os hinchas lotando o estádio. E gritando muito.
A fonte não é confiável, mas algumas pessoas com quem conversei disseram que o estádio é muito grande para a torcida do Talleres. Por que não são confiáveis? São torcedores de Belgrano, o maior rival. Instituto e Racing de Córdoba estão em divisões secundárias.
A partida é motivo de orgulho para os torcedores e dirigentes. É um jogo de Libertadores, o que ocorreu pela última vez há 17 anos, com um empate contra o River Plate, com o Talleres já eliminado.
Para enfrentar o Cordobazo, o São Paulo não pode demonstrar medo. Jogar de igual e torcer por uma boa transição no meio-campo, grande problema desse São Paulo de Jardine, que ainda tem muito pouco de Jardine.
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