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Raí nas mãos de Jardine

Menon

07/02/2019 09h05

Sim, o contrário também é válido, sem dúvida. É o senso comum. Mas, o que acontecerá se Raí demitir Jardine antes ou depois do segundo jogo contra o Talleres? Classificado ou não?

Estará colocando um carimbo de incompetente na testa de um treinador até agora apontado como dono de um futuro promissor.

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E, por mais cruel que possa parecer, isso não deve ser levado em conta. O São Paulo não deve tomar uma decisão pensando no futuro de Jardine. Se sair, que recomece a carreira em outro clube, como Milton Cruz, Mauricio Barbieri ou Osmar Loss.

É o futuro do São Paulo que importa. Não o de Jardine.

Mas o carimbo de incompetente na testa de Jardine (seria demitido com dois meses de trabalho) marcaria também a testa de Raí.

Foi ele que demitiu Aguirre faltando cinco jogos. Foi ele que efetivou Jardine. Foi ele que colocou o destino imediato de um time, em um torneio importantíssimo, nas mãos de quem começa a carreira.

Trocar agora será dizer: eu errei. Fiz tudo errado.

E, então, se houver coerência, serão dois demitidos. Um abraço unindo dois "incompetentes." Abraço de afogados. Dois trapezistas voando, sem rede de proteção.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.