Topo

Menon

Vitão, mais um sonho perdido

Menon

20/02/2019 10h29

Alexandre Mattos está na Europa vendendo o zagueiro Vitão e o polivalente Luan Cândido. Agora, é assim. Clube brasileiro não espera que um europeu se interesse por suas promessas. Ele vai lá e oferece. Delivery.

E olha que estamos falando do clube brasileiro mais rico. O que tem mais fluxo de caixa, com três fontes inesgotáveis: estádio, patrocinador e sócio-torcedor.

Realmente, a carne mais barata do mercado é a carne do jovem jogador brasileiro.

O guapíssimo Danilo Lavieri explica hoje no UOL o modus operandi do Palmeiras. Vende jovens como Fernando, Papagaio, Luan Cândido e Vitão para poder resistir ao assédio sobre Dudu, Gómez e Bruno Henrique. Correto. Mas, e o que foi gasto com jogadores que não rendem? Futebolística e monetariamente falando.

Raphael Veiga, Hyoran, Carlos Eduardo, Felipe Pires, Zé Rafael, Artur, Erick…Alguns nem tiveram chance ainda. Quando Edu Dracena parar, daqui a pouco tempo, o Palmeiras vai gastar na reposição. Mas, e o Vitão? Não poderia ser ele o jogador.

Eu não sou um defensor da base como solução para tudo. Um time campeão sub-20 revela três ou quatro bons jogadores, não mais.

Mas, lembremos um caso recente do São Paulo. Gabriel Novaes, artilheiro da Copinha já foi para o Barcelona B, que deve receber Vitão. Ele daria certo? Não sei. Mas a possibilidade de fazer o gol de cabeça que Diego Souza perdeu contra o Talleres, após passe perfeito de Helinho, é grande. Afinal, ele fez cinco gols assim na Copinha. Passes de Antony.

O futebol brasileiro vende o almoço para comprar o jantar. Vende jovens promissores e contrata quem os clubes médios da Europa estão mandando de volta.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.