Topo

Menon

O Norte do Brasil é carioca

Menon

23/02/2019 04h19

Wagner, prestativo taxista de Santarém, é o ponto da curva em minha enquete sem valor científico algum. Ele é cruzeirense. O único torcedor que não tem um clube carioca como paixão.

Conversei com mais de trinta pessoas em Manaus, Santarém e Alter do chão, essa maravilha. A maioria era Vasco, seguida de Flamengo. O Fluminense bem atrás, mas capaz de uma grande festa no bar do hotel quando do gol nos acréscimos no Fla-Flu.

Não é caso de segundo time. Ninguém citou Rio Negro, Fast, Manaus, São Francisco ou São Raimundo. Talvez apareça Paysandu ou Remo, quando estiver em Belém, em alguns dias.

Tudo é efeito ainda das ondas do rádio? Da fortíssima Rádio Nacional de décadas atrás? Da importância política e cultural do Rio, capital do Brasil?

O fato é que o Norte é um grande mercado consumidor alheio aos clubes paulistas. Eles poderiam fazer alguma ação forte de marketing. Uma pré-temporada em Manaus, com alguns treinos abertos, visita a pontos de turismo, sorteio de camisas e outros brindes seria mais produtiva que a Flórida Cup.

São ideias simples, de quem não é marqueteiro, mas com certeza mais produtivas do que essa bobagem de criar uma religião. Aliás, se mentir for pecado, o criador do Corinthians no seria vetado.

 

 

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.