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Neymar e Sérgio Ramos, reis do camarote. Um irresponsável e um deslumbrado

Menon

06/03/2019 20h45

Neymar viu o PSG ser eliminado em casa. Sérgio Ramos viu o Real Madrid ser eliminado em casa. Não estavam em campo. Estavam no camarote.

São casos diferentes. Na essência. E a comparação é muito favorável ao brasileiro. Neymar não jogou porque ainda não se recuperou da lesão no metatarso. Era impossível jogar.

Sérgio Ramos, não. Ele poderia estar em campo, deveria estar em campo. Não estava porque não quis estar. Lutou para não estar.

Ele forçou um cartão amarelo no primeiro jogo contra o Ajax, quando o Real venceu, na Holanda. Achou que estava resolvida a classificação e ficou fora do segundo jogo.

Foi para o camarote participar de uma filmagem sobre sua vida. Um reality. Como vai explicar o 4 x 1? Um péssimo capitão. Sem respeito pela competição, pelo clube e pelos companheiros.

O camarote de Neymar foi outro. Dias antes do jogo. Nada do que fez impediu que jogasse. Já estava definido que não jogaria. Ele tinha direito de pular e beijar quem quisesse.

Mas, precisava? A participação de Neymar no Carnaval serve, além dos prazeres musicais e eróticos, apenas para alavancar sua carreira de celebridade. Para ser visto. Não ajuda em nada sua carreira profissional. Coloca em cheque – de forma injusta – toda a dor que possa ter demonstrado pela sofrida eliminação do PSG.

O camarote de Madri abrigou um irresponsável. O de Paris, um deslumbrado.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.