Paula, Joanna, Aída e Ana, minhas atletas preferidas
Aída dos Santos foi a única atleta brasileira a participar da Olimpíada de 1964, em Tóquio. Não era levada a sério pelos dirigentes.
Quando deixou a Vila Olímpica para se dirigir à prova de salto em altura, foi interpelada por um cartola. "Vê se não atrasa para o almoço".
Ela se atrasou. Mesmo sem uniforme, sem técnico e utilizando uma sapatilha emprestada por um cubano, saltou 1,74m, nove centímetros a mais que sua melhor marca, estabeleceu um recorde brasileiro que duraria 30 anos e terminou em quarto lugar.
Joanna de Albuquerque Maranhão Bezerra de Melo foi finalista olímpica dos 400m Medley, aos 17 anos. Ganhou oito medalhas em Jogos Pan-americanos.
A nadadora é excelente. A mulher é imprevisível. Enfrentou os cartolas corruptos, enfrentou a depressão e, de maneira corajosa, o técnico que a abusou durante muito tempo, quando era uma criança.
Ana Moser foi um esteio na grande geração do vôlei – a primeira – nos anos 90. Fora das quadras, mostra preocupação com o futuro do esporte e do País.
Paula, Magic Paula, era a cabeça pensante do grande time de basquete campeão do mundo e medalha de prata olímpica. Era o arco da flecha Hortência, outra gigante.
Estava a poucos metros dela quando Fidel Castro, totalmente impressionado, a cumprmentou pela medalha de ouro no Pan de Havana.
Paula não é rainha. É um cérebro mágico, longe dos holofotes. A não ser quando comemorava títulos com uma estrela.
Paula, mágica estrela.
O Brasil teve outras grandes atletas. Talvez melhores que as minhas favoritas. Maria Esther Bueno, com certeza. Rafaela Silva também.
Mas o coração escolheu essas quatro. Atletas. Cidadãs. Grandes mulheres.
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