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Menon

Messi e Cristiano, seus súditos agradecem

Menon

13/03/2019 19h35

Ah, os deuses do futebol… Que clichê não? Mas não consegui outra forma de expressar a alegria de conviver com Cristiano Ronaldo e Messi.

O português bombado faz três gols na terça e consegue uma classificação histórica para a Juve. O argentino anão faz dois gols na quarta, afasta o perigo de um empate vexatório e abre caminho para uma goleada.

Nunca houve, de 50 para cá, uma disputa tão encarniçada, uma rivalidade futei de tão alto nível. Sorte nossa.

Quando Pelé surpreendeu o mundo em 1958, Di Stefano era o melhor do mundo. Havia conduzido o Real Madri aos três primeiros títulos da Liga dos Campeões e ganharia mais dois.

Eles se enfrentaram em um amistoso em 1959. Pelé marcou um, Do Stefano passou em branco, mas o Real venceu por 5 x 3.

Pelé no Brasil e nas Copas. Do Stefano na Europa e na Liga. Não houve confronto. Na verdade, foi uma passagem de bastão. O argentino era 15 anos mais velho e parou em 1966. Pelé ganharia ainda em 70 um novo Mundial.

Cruyff x Beckenbauer brilharam em 74, mas não há comparacão. O Kaiser era líbero, zagueiro e volante. Cruyff era tudo daí pra frente.

Maradona brilhou sozinho nos anos 80. Zico, Platini e outros eram inferiores ao gordinho da canhota mágica.

Cristiano e Messi dividem o Mundo em alto nível. O fato de não haver uma superioridade gritante não tira os méritos dos dois. Seriam páreo para Maradona. E até para Pelé.

Quem é o melhor?

Eu prefiro Messi. Adoro jogadores que enfrentam a ditadura do físico, como ele, Maradona e Garrincha.

Mas quem prefere Cristiano tem todo o meu respeito.

O bom é aproveitar a oportunidade única de conviver com dois monstros.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.