Igor Gomes não é o novo Kaká

As semelhanças existem, principalmente no aspecto físico e fisionômico. Sim, Igor Gomes lembra Kaká. E se parece com Kaká. E fez dois gols no Ituano, como Kaká fez no Botafogo. E…

E daí?

A pior coisa para o jogador é este tipo de comparação. Não é como chamar Leo de Léo Pelé. Aí, não há nenhuma pressão, é apenas uma brincadeira. Ninguém vai ironizar Léo por não ser Pelé.

Com Igor Gomes e Kaká, não. Nesse caso, seria como Thiago Luís, o garoto da base do Santos que Wagner Ribeiro, irresponsavelmente, disse ser o novo Messi. Ou Taison, que Wianey Carlet, jornalista gaúcho, comparou a Messi em 2009. O futuro dirá quem foi melhor, ele profetizou. E Taison recebe gozações até hoje, depois de dez anos.

O que Igor Gomes ganha em ser comparado tão precocemente a seu ídolo? Pressão e nada mais. Para ele, estará vetado o direito de ser um bom jogador apenas. Será o Kakazinho, será o Kaká que não deu certo. Mesmo tendo dado certo em nível menor.

E por que se limitar? Por que colocar Kaká como uma meta? Por que não ser mais que Kaká?

Igor Gomes precisa lutar para ser Igor Gomes: um profissional correto, talentoso, quem sabe brilhante? Muito mais que um Kakazinho.