Topo

Menon

A segunda vida de Rafael Henzel

Menon

27/03/2019 09h43

A constatação leva ao fatalismo: o cara sobrevive a uma queda de avião e morre jogando bola com amigos. Chegou a hora. Não tem jeito.

O dia de nossa morte é igual a todos os outros que vivemos. Só que mais curto.

Rafael Henzel teve dois anos e alguns meses de vida. Uma segunda chance que, com certeza, o tornou um homem diferente. É impossível ser igual quando se tem duas datas de nascimento.

A sua partida traz lembranças aos que perderam amigos e parentes que morreram no criminoso vôo da Chape. E a família de Rafael? Estará triste, com certeza? Ou conformada e agradecida só deus de sua crença pelos anos derradeiros terminados em uma prosaica pelada?

A morte sempre faz a vida ter uma nova chance. Quem fica, promete mudanças de costumes e de comportamento. Bem, chega de filosofia barata: que Rafael tenha deixado os seus em paz.

E nós?

Que sigamos combatendo o bom combate. É o sal da vida.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.