Clayson é vítima da ridícula justiça esportiva

Só a possibilidade do julgamento de Clayson já seria caso de revolta geral de quem gosta de futebol. E de quem respeita os direitos humanos. Agora, foi confirmado que ele será julgado na segunda-feira. Confirma-se também uma frase antiga: em tempos de Ditadura, o problema não é o general de plantão e sim o porteiro do prédio, o guarda da esquina, enfim, o dono do pequeno poder.

É o que se vê agora. O jogador do Corinthians parece estar vivendo em uma Distopia, em um Universo Paralelo. Vai ser julgado porque teria xingado o árbitro Raphael Claus, após o jogo, no vestiário. Isso é gravíssimo, é revoltante. O ser humano agora no Brasil é vigiado por 24 horas. O Grande Irmão cuida de nossa vida para sempre?

O cara ganha um jogo importante, vai tomar banho e comemora com os colegas. E xinga o juiz. Qual o problema? Até onde iremos? Vou dar um exemplo sem nenhuma ironia. O Clayson comemora, vai para casa, encontra a mulher e dá um beijo nela. Então, diz: amor, estou tão feliz, a gente classificou apesar daquele…….do juiz. Então, um primo da mulher, que está ali passeando, grava o comentário e manda para o Olim. E o Clayson vai ser julgado também?

Qual o limite do jogo? Termina com 90 minutos ou vai se arrastar por semanas? A sanha punitivista do TJD não vai respeitar os direitos do cidadão? A sua privacidade?

O Delegado Olim ainda nem explicou a lambança do julgamento de Moisés, quando quem não deveria votar, votou e já está novamente na mídia, agora bancando sherlock holmes de vestiário?

É assustador.