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Menon

Majestoso de heróis improváveis (temporários?) e vilões eternos

Menon

20/04/2019 12h11

Não vejo Corinthians e São Paulo como representantes de estilos antagônicos que possam ser considerados como fatores determinantes da decisão do título. Algo como a defesa forte e contra-ataque rápido de Simeone contra a circulação de bola de Guardiola.

Os dois times são pobres, paupérrimos, taticamente falando. Carille é fiel a Tite, mais preocupado em não perder do que em ganhar. Cuca é mais intenso – lembram do Galo Doido? – mas está chegando agora.

E, mesmo diante de suas limitações, não são times formados. Ou seja, não é possível esperar nenhuma grande surpresa tática para a decisão. E, mesmo dentro dessa aridez, desse pragmatismo, não se alcançou ainda a eficiência total. São times feios, mas ainda não são times feios que resolvem.

Burocratas e pragmáticos ainda em busca de eficiência.

O campo ideal para que apareçam vilões e heróis. O título pode vir com um bico após "bololô" (alô, Aguaí) na área, pode vir com montinho artilheiro, pode vir com destaques que não se formarão.

Mateus Sales é lembrado como o garoto que colocou Lucas Lima no bolso, Denis como o cara que deu o título para a Inter de Limeira, Roger por aquele pênalti na lua, Pato pela cavada nas manoplas de Dida, Lucão e Denis pela falta de comunicação e Rodrigo Caio pelo fairplay exagerado.

Será a redenção de Boselli? Ou a confirmação de Gustagol. Antony ou Igor Gomes? Um deles deixará de ser menino, terá seu rito de passagem com um gol inesquecível? Ou será Pedrinho?

Jucilei voltará do olvido para o reconhecimento da torcida? Sornoza e Jadson vão destruir juntos? Ou serão destruídos por Luan?

E os pênaltis? Além de ser final, pode ser final com pênaltis. Cássio vai se cristalizar ainda mais como o maior goleiro da história corintiana? Volpi será o primeiro goleiro confiável pós-Ceni?

É final. Dia de heróis temporários e vilões eternos.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.