Neymar, o Mané fake, prejudica PSG
Malandro é malandro e mané é mané, dizia Bezerra da Silva, o último filósofo de um país que se rendeu a um astrólogo e baniu a filosofia das escolas.
A palavra é prata. O silêncio é ouro, aconselha a querida Tia Glorinha, que completa a frase com um exemplo numérico: Deus nos deu dois ouvidos e uma boca, para ouvir muito e falar menos.
Neymar recebeu na vida poucos conselhos. O mais recorrente, sem dúvida, foi como simular faltas. O que o tornou, injustamente talvez, um exemplo de maucaratismo esportivo. E tudo continua igual em sua vida mimada.
Afinal, o Edu, dirigente da seleção, disse não é fácil ser Neymar. Bem, o presidente disse que não é fácil ser empresário em Pindorama.
Então, Neymar fala o que quer. Faz o que quer. Se esbalda no tríduo momesco e chega a Paris para, de camarote ver o "seu" (também ali, manda e desmanda) PSG ser derrotado na Liga dos Campeões. Gol no último minuto, de pênalti.
Revoltado, Neymar correu para seu habitat natural e incorporou Boris Casoy. "Isso é uma vergonha", disse sobre a mão de Kimpembe. "Ainda colocam quatro caras que não entendem de futebol para ficar olhando o lance em câmera lenta. Isso não existe. Como o cara vai colocar a mão nas costas?", escreveu.
Resultado: três jogos suspensos na próxima Liga dos Campeões. E o PSG será prejudicado. E Neymar será consolado por Tite e Medina e Jota Amâncio e Papi.
Olha, pode-se até discutir se a pena é justa. O que não se pode discutir é que Neymar sabia das consequências. Ou deveria saber
E também não se discute que no início da próxima Liga, Messi estará presente. Cristiano também. Salah, Hazard, Cavani…Todos estarão.
Mané, o verdadeiro, estará.
Neymar, o fake Mané, não.
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