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Menon

Bahia deixa o São Paulo nu

Menon

19/05/2019 13h27

O velho Rei já não tinha condições mentais para governar. E ninguém dizia nada, por medo ou respeito. Um dia, o Rei deixou o palácio e foi ás ruas. Totalmente nu.

Todos olhavam. Nada diziam. Então, um garoto, em sua inocência, apontou o dedo e gritou: O Rei está nu". Todos saíram do seu torpor cívico, passaram a criticar e o Rei foi substituído.

O Bahia mostrou as muitas dificuldades de um São Paulo que, se vencesse, seria o líder invicto do Brasileiro, ao lado do Palmeiras.

Foi um empate justo, principalmente porque o São Paulo, ao ficar com dez, não abdicou de atacar.

A primeira deficiência exposta no jogo é a ausência de um centroavante. Roger tinha dois, trocou Gilberto por Fernandão. O São Paulo não tem nenhum, pois Pato não se sente à vontade na posição.

Ora, Pato ficou armando e Hernanes jogou mais adiantado. Inexplicável.

Quando Pato saiu, Hernanes recuou e Helinho entrou. Juntamente com Antony e Toró, trocaram muitos passes e chutaram pouco. Toró foi expulso. Exagero do árbitro.

Aqui, um ponto delicado. E sensível para o torcedor, que agora Cotia. Realmente, é o caminho. Realmente, é o futuro. Mas também é verdade que o time do ano passado rendia mais com Éverton e Rojas. Para mim, nenhum dos três garotos jogou mais do que Rojas.

Antony é muito bom, tem futuro, mas Helinho e Toró estão bem abaixo. Difícil colocar todo garoto de Cotia na mesma prateleira.

Outro ponto: Hernanes não está bem. E Cuca erra erra ao não utilizar Igor Gomes, capaz de fazer uma transição muito rápida.

Há mais: O apoio de Hudson e Reinaldo é inócuo. Levam mais perigo ao seu próprio gol por deixarem os zagueiros muito expostos.

Por fim, elogios a Roger, que planificou seu time muito bem. Marcou forte e teve um contra-ataque muito bem armado. E ainda pode reclamar de um pênalti que não vi.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.