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Menon

Arrogância de Renato atrapalha o Grêmio

Menon

21/05/2019 11h33

Eu gosto muito de Renato, um cara que vai contra a corrente. Lembro como sua contratação pelo Grêmio foi ironizada. Tinha de dar errado. Como não deu, passaram o mérito para Roger.

Renato disse que não trocava a praia por estudo. Foi apedrejado.

Renato ganhou tudo e o tratamento mudou. Quando, com toda a razão, disse que não tinha nada a aprender com os professores da CBF, já não foi tão criticado. Houve uma condescendência.

O fato é que Renato criou um Grêmio de ótimo nível, o time mais agradável de se ver. Renato é um Fernando Diniz que consegue vencer jogos. E campeonatos. Para muitos, é uma coisa insignificante. Ganhar, pra quê?

O ano da graça de 2019, porém, mostra uma fórmula desgastada. O time começou mal a Libertadores. E é lanterna do Brasileiro, com 14% de aproveitamento. Terrível, para todos que não são Fernando Diniz, o único treinador que não precisa vencer.

E como Renato reage ao fracasso? Com arrogância. Sua frase preferida é dizer que os adversários "acharam o gol". Ora, se o Ceará, o Santos, o Fluminense e o Avaí acharam dez gols, está na hora de esconder, não?

Outra frase é dizer que os adversários jogam retrancados, de forma vergonhosa. Ora, como o Grêmio jogou contra o Real Madrid?

E há também, como diz o jornalista David Coimbra, arrogância da diretoria do Grêmio, que dispensou Bressan e ainda não conseguiu um zagueiro reserva para Geromel e Kanneman.

Renato fala também que não se preocupa e que o time passará a jogar bem a qualquer momento. Será que repete o discurso para seus jogadores? Internamente? Pode causar acomodação.

O fato é que, se quiser lutar pelo Brasileirão, está na hora de começar.

Culpar os outros por seu fracasso é coisa de fracassado.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.