Seleção burocrática, animada com torcida sem alma, cumpre obrigação
Em 1993, cobri a Copa América pela primeira vez. Fiquei amigo de Júlio Chiapetta, jornalista argentino. E me lembro, como se fosse há dez minutos, de sua observação após o primeiro jogo, vitória do Equador sobre a Venezuela, por 6 x 1.
Todo mundo sabia que a Copa começaria com Equador x Venezuela. Todo mundo sabia que o Equador venceria. Então, amigos, começou a Copa.
Sempre foi assim: o time dono da casa tem duas babas no grupo. Em 93, eram Venezuela e EUA. Agora, Bolívia e Venezuela.
Então, ganhar é obrigatório. Ganhar por 3 x 0 é frustrante. Normal.
Tite escalou o time com dois volantes. Desnecessário. Mas Fernandinho apoia bastante. E Daniel Alves e Filipe Luís vão apoiar bastante. Não para as duas opções. E zero a zero em 45 minutos.
Dois gols de Coutinho definiram o jogo.
E Tite fez substituições burocráticas. Jesus no lugar de Firmino. Poderiam estar juntos, com a saída de um volante.
E um golaço de Cebolinha.
Foi uma vitória tranquila, justa, inquestionável. Tudo o que se esperava, como ensinou o Chiapetta, quando ainda éramos jovens e guapos.
Uma vitória que não empolga a torcida. Apenas 47 mil pagantes. Sem vibração alguma, sem conexão alguma com a seleção. Nenhum cântico, a não ser o biiiiichaa quando Lampe batia um tiro de meta.
Quando – e se – enfrentarmos a Argentina, chamarão Maradona de cheirador. Cada um dá o que tem
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