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Menon

Messi também tem culpa

Menon

17/06/2019 13h13

Apesar do apagão, que deixou a Argentina às escuras, os gols de Abdullah e Khouki devem ter sido extremamente comemorados por todo o belo país. Apesar de estar na lanterna, fica mais fácil – menos difícil? – a classificação para a segunda fase.

Tudo indica que a Argentina terá vida dura na competição. O último título internacional foi em 1993. Um jejum que esteve perto de ser rompido em 2014, 2015 e 2016, com os vices na Copa do Mundo e da Copa América.

E Messi? Estava em todas. E em 2011 também. Copa América em casa. E em 2006 e 2010  também.

O que leva à pergunta de sempre: por que Messi joga bem no Barcelona e mal na seleção?

Pergunta exagerada. Afinal, nesse período todo ele construiu números fantásticos. Passou a ser o maior artilheiro da história da seleção, superando Diego Armando e Gabriel Omar.

Mas que não é igual, não é. E as explicações passam por dois pontos.

1) Os companheiros de time são piores que os do Barcelona. Sim, indiscutível. Não há Xavi, Iniesta, Suárez, Neymar…

2) Os treinadores são fracos. Se não há companheiros de alto nível, que se faça um time à semelhança de Messi. Que se construa um time a partir de suas qualidades. Exceção? Sabella.

Tudo muito bom, tudo muito bem, mas não é só isso.

Messi também é culpado. O grande craque tem uma deficiência gritante. Ele não consegue superar as adversidades. Quando elas aparecem, seu rosto demonstra angústia, pavor e desespero.

E não é apenas na seleção. As vexaminosas viradas (não, amigos, eu não direi remontada) sofridas contra Roma e Liverpool mostraram isso ao mundo. A cores e ao vivo.

Lionel Andrés é o gênio da alegria. Não sabe superar o sofrimento. Não é do tipo que fiz assim: "me dá aqui está bola porque vou resolver essa porra".

Messi também é culpado pela Argentina de Messi não ser campeã.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.