Thalles e Ludmila, vítima e sobrevivente de flagelos sociais
A moto matou Thalles. A droga não matou Ludmila. Thalles não resistiu à alta velocidade. Ludmila deixou a tentação das drogas ao largo.
O atacante do Vasco, emprestado à Ponte, se envolveu no acidente fatal em São Gonçalo. A velocidade é uma arma. Uma roleta russa. Não só para jogadores, como Thalles, Denner ou Drazen Petrovic, como para a população em geral. Os famosos viram manchete. Os anônimos viram estatística.
E nem precisa de velocidade. Estou me lembrando do meigo amigo Azeita. Foi parar embaixo de um caminhão. Todos já choramos por uma morte estúpida.
A atacante da seleção perdeu a irmã e a melhor amiga para as drogas. Foi abandonada em um orfanato pela mãe, que bebia muito.
Trânsito, álcool, drogas… Podemos colocar todos no mesmo balaio? Ou é mais fácil escapar da velocidade do que das drogas?
Ambos são flagelos sociais? Não sei. Mas é evidente que matam. E muito. E nada se faz contra. Na Arábia, onde Ludmila vive, o Poder Público não chega. Para quê? Só tem pobre e preto. Deixa que o tráfico cuida.
E o presidente mandou acabar com radares, pardais, mandou aumentar o número de pontos na carteira. E o governador Dória, quando prefeito, mandou aumentar a velocidade máxima nas marginais.
Ludmila está viva. Thalles está morto. Ludmila é melhor que Thalles? Não. Ela é apenas uma sobrevivente.
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