Topo

Menon

Maracanazo e o tri: sonhos dividem uruguaios e chilenos em Copacabana

Menon

24/06/2019 12h34

Na praia, uruguaios. Nas calçadas de Nossa Senhora de Copacabana, os chilenos. O espanhol dos visitantes e o portunhol dos nativos – vendedores e o blogueiro – rivalizam com o português de Copacabana, Princesinha do Mar

Fácil identificar quem é quem, mesmo se não estiverem vestindo a Celeste ou a Roja. A estridência do chi chi chi lê lê e a indefectível garrafa de mate fazem o serviço de distinção.

Os sonhos também são diferentes. Os chilenos sonham com o tricampeonato. Os uruguaios, com um novo Maracanazo. E celebram o fato de o Brasil ser adversário só na final.

O uruguaio Juan Quintero acha possível um novo Maracanazo. "É difícil, mas podemos ganhar. Temos uma grande dupla de zaga, com Godin e Gimenez, e a dupla de ataque mais letal do mundo, com Cavani e Suárez. E o Brasil está sem Neymar".

Para ele, o Maracanazo tem dois lados. "Ficamos muito tempo pensando nisso e não desenvolvemos o futebol. Mas como não ficar preso, se foi uma conquista de heróis? Agora, com Tabarez, desde 2010, ficamos fortes novamente".

O Uruguai só enfrentará o Brasil se ficar em terceiro no grupo, o que ninguém aceita. "Vai ser 3 x 1 no Chile".

O chileno Christian Alegria está no Rio, com a filha Catalina e com Alexis Sánchez no coração. "Ele de recuperou no Manchester e já fez dois gols na Copa América. É o artilheiro que pode nos levar ao tricampeonato.

Ele fala ainda de Rey Arturo Vidal e de Vargas, mas o pensamento fixo é em uma vitória contra a Celeste. "Passamos por eles e depois, pegamos o Peru. Dá pra chegar na semi e depois pegar o Brasil".

Um empate basta, mas ele quer mais. "Vai ser 3 x 1 para o Chile".

Palpites iguais para sonhos distintos.

 

 

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.