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Allan joga. Fernandinho perde chance de provar que não é jogador de clube

Menon

26/06/2019 17h04

Tite definiu que Fernandinho, sem totais condições físicas, será preterido por Allan como substituto de Casemiro.

Assim, o texto abaixo ficou prejudicado. Eu resolvi mantê-lo por considerar a questão como atual. 

Um grande jogador pode ser marcado por falhar em momentos decisivos de uma Copa? E de duas?

E a história se repete. Como há um ano, Casemiro recebe o segundo amarelo e dá lugar a Fernandinho. Na Copa, não deu certo. O substituto falhou e a Bélgica venceu. Não apenas por isso, é claro.

O problema, para Fernandinho, é que não foi a primeira falha em Mundial. Em 2014, no Brasil, também havia errado. Mais feio ainda. Na mais vexaminosa derrota de todas as seleções em todas as Copas, desde 1930.

Cria-se, então, a discussão: Fernandinho é jogador de clube? Afina na seleção? Uma afirmação baseada em fatos – jogou mal em partidas decisivas – mas sem base alguma. Se a culpa é só dele, tudo estava certo em 2014 e 2018?

Não, né? Marcelo foi mal nas duas Copas, apesar de não errar tanto. Thiago Silva teve um comportamento ridículo em 2014. Bernard. Felipão. Parreira. E Tite, que levou Fred machucado? E que levou Taison em perfeitas condições físicas? Aliás, não sei qual das duas decisões foi a mais errada.

E Neymar, que não esteve em seu nível em nenhuma das duas Copas?

Se há um fato concreto – Fernandinho falhou em dois Mundiais seguidos – há outro: ele joga muita bola no Manchester City. Tem a confiança do maior técnico do mundo.

E merece estar em campo na Copa América, desde que a questão idade não seja levada em conta. Afinal, Fabinho è oito anos mais novo.

Fernandinho pode ter um papel importante no jogo. Acredito que o Paraguai vai jogar em seu campo. Fechado. Fechadão. Caberá ao jogador brasileiro fazer a transição até o ataque. Não ficar restrito à proteção. Precisa carregar a bola, se aproximar da área e chutar a gol. Já tem 90 na carreira.

Se fizer isso, terá aproveitado a chance.

 

 

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.