Topo

Menon

Cinco erros terríveis do Brasil de Tite

Menon

28/06/2019 13h28

A seleção brasileira tem dificuldades enormes para superar equipes que adotam um sistema defensivo hardcore. Goleiro e mais oito. Goleiro e mais nove.

A famosa retranca.

E é difícil mesmo. Veja o Paraguai. Teve o zagueiro Balbuena expulso. Imediatamente, tirou o meia Arzamendia e colocou Valdez, novo zagueiro. E, novamente, se postou com uma defesa muito compacta.

Como vencer a retranca?

Há pelo menos cinco coisas a fazer. O Brasil falha em todas.

1) – Os  volantes precisam participar da construção de jogadas. Precisam avançar até a área adversária.

2) –  Chutes de fora da área – Volantes e meias precisam chutar. É uma arma a mais. É só lembrar de Dunga em 1993, na vitória por 2 x 0 sobre o Equador nas Eliminatórias para a Copa-94.

3) – Avanço dos laterais – O Brasil joga com dois pontas abertos. E eles tem recebido pouco apoio dos laterais, para que se faça ultrapassagens. Dois contra um e bola na área. Os nossos laterais entram pelo meio e facilitam o trabalho do muro adversário.

4) – Cobrança de faltas – Todo time retrancado acaba recorrendo a faltas nas proximidades da área. O Brasil não aproveita. Zico, Nelinho, Rivelino, Juninho Pernambucano, Rogério Ceni e outros são apenas passado. O último gol de falta da seleção foi de Neymar, há cinco anos.

5) – Gol de centroavante – Uma receita velha, feia, mas que resolve é o sufoco. Dois pontas e dois laterais cruzando na área, para um ou dois centroavantes. Geralmente, o gol sai de uma cabeçada. Difícil imaginar isso com Jesus ou Firmino. Não é o estilo deles. É coisa para o espanhol Diego Costa. Espanhol nascido em Sergipe e que Felipão desprezou.

Em jogos contra times retrancados, há poucas chances de gol. Nossos centroavantes não aproveitam.

 

 

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.