Que pena, Levir Culpi!
A entrevista de Levir Culpi ao ao colega Lucas Castilho, da Gazeta Esportiva, mostra um quadro triste. Um profissional se sentindo sem espaço para trabalhar e em crise existencial.
Não é uma ilação. Ele explícita a triste situação ao dizer que está pensando em fazer outra coisa mas que não sabe exatamente o quê e que se sente inseguro.
Triste situação. E Levir reage da pior maneira possível. Recorre à reserva de mercado. Diz que não gosta de treinadores argentinos atuando no Brasil porque não há brasileiros por lá.
Seguindo o raciocínio, deveríamos importar treinadores do Japão ou da Arábia Saudita ou do Catar. Afinal, há muitos brasileiros por lá.
Só por lá, a bem da verdade. Em centros avançados, nunca.
Os treinadores brasileiros são fracos. Não fazem nada de novo, não criam nada. Trabalham como uma manada. Sempre com o mesmo esquema. Exceções, há. Renato Gaúcho, Fernando Diniz e Thiago Nunes.
Levir não recorre à autocrítica. Prefere o preconceito. Há pouco, implicou com as tatuagens de Sampaoli.
Não conheço as ideias de Levir fora do campo. Gostei muito quando ele proibiu a presença de pastor no vestiário do Galo. Local de trabalho é local de trabalho. Pena que o dele não tem dado resultado.
Agora, Levir, magoado e inseguro, coloca o pé na xenofobia.
Uma pena, Levir
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