FIFA acerta ao separar Marta de Klose
Já fui muito crítico a Pelé por não se posicionar sobre racismo. Pior. Por dizer que não há racismo no Brasil. O tempo passou e percebi, um belo dia, que a carreira de Pelé, por si só, é uma injeção monstruosa de autoestima e pertencimento aos negros.
É algo que se repete com Marta. Muitas jovens se emprego, sem noção do que é um sindicato ou uma luta comum, sentem-se representadas pela maior jogadora de todos os tempos. Autoestima, pertencimento e valorização.
Lembremos que a prática de futebol feminino foi proibido no Brasil nos anos 40. As avós foram proibidas. As netas podem sonhar em ser como Marta, a maior de todas.
Marta é muito maior que Klose. Cada um de seu lado. Não se pode comparar. A Fifa definiu, respondendo a uma consulta da Folha.
É óbvio, não? Klose ultrapassou Ronaldo Fenômeno disputando a mesma competição. E duas vezes, a mesma edição. É possível fazer uma comparação.
Marta, não. Jogou outra competição. Uma coisa não tem a ver com a outra. Dizer que Marta fez mais gols do que Klose é uma bobagem. Mesmo porque ela não precisa disso.
Quem viaja neste tipo de comparação deveria abraçar outro tipo de luta: que mulheres e homens possam jogar juntos em uma mesma competição. Que haja um Mundial ou Olimpíada com equipes mistas. Como haverá revezamento misto em Tóquio no ano que vem.
Seria espetacular.
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