Casagrande, Jesus e o papel do jornalismo
Fico imaginando o que Casagrande teria feito com Gabriel Jesus no elevador. Com as duas mãos agarrou o centroavante pela camisa e, chegando bem perto, olhos nos olhos, gritou: "Acabou a moleza, moleque do caramba. Acabou. Faz um gol ou vou te meter porrada".
Só um absurdo assim justificaria a reação posterior do atacante em uma entrevista após o grande jogo que fez contra a Argentina.
O repórter lembrou que, antes do jogo, Casagrande havia dito que ele faria um gol. Jesus disse que não foi bem assim e que ele não respondeu porque teve uma boa educação dada por sua mãe.
Quanta meiguice! É educado para não responder, mas reclama quando o outro não está por perto. Será que Casagrande o xingou de feio, bobo e cara de melão?
Daniel Alves fez uma partida antológica. Lembrada para sempre. Termina o jogo e vai reclamar que o estafe da seleção é muito criticado.
Protesto a favor da chefia. Vemos por aqui.
Muito criticado? Os caras ganham dez vezes mais que o presidente da república e não podem ser criticados.
E Guerrero? Reclamou que o Uruguai foi tratado como favorito diante do Peru. E na era? Tanto que o Peru se classificou sem dar um chute a gol.
Jogadores ganham muito. Poderiam buscar assessores de imprensa que explicassem o papel da imprensa. Ela não faz parte da família Tite, Scolari ou Dunga. Não deve e não pode fazer.
Mas, o que se pode esperar dos jogadores, se colegas pensam da mesma forma. Basta uma crítica a Tite para ser tratado como amargurado ou anticorintiano.
Preferem abraçar o corintiano amo ao jornalismo.
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