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Menon

Título libera Tite. Não precisa e nem pode mais ser parça de Neymar

Menon

07/07/2019 18h53

O título é de Tite. Ganhou a Copa América como quis. Ao seu estilo. Fiel às suas ideias. O Modelo venceu.

Ganhou com Willian, que ninguém queria. Ganhou com Cebolinha, que todo mundo queria. Ganhou com Gabriel Jesus na direita, onde nunca foi seu lugar. Nenhum dos dois.

Ganhou com um a menos.

Ganhou com jogador saindo da caxumba.

Ganhou com os velhinhos (em 2022) Daniel Alves, Thiago Silva e Filipe Luiz.

E, principalmente, ganhou sem Neymar.

Importantíssimo.

Tite não precisou de Neymar para vencer uma Copa América em que todas as outras seleções contavam com seus astros: James, Cavani, Sánchez, Suárez, Vidal, Guerrero.

Ora, estou dizendo que Neymar não deve ser mais chamado? Absolutamente. A missão de Tite é fazer com que ele renda mais. Coisa que ainda não conseguiu. Basta comparar 2014 com 2018.

O melhor jeito é começar demarcando posições.

Eu sou técnico, você é jogador.

Eu determino, você obedece.

Eu sou seu superior, não sou seu parça.

Eu ganhei sem você.

É necessário acabar com os privilégios da família real. É preciso deixar de passar a mão na cabeça do menino Ney.

Tite tem todo o cacife para mudar seu comportamento e, a partir daí, mudar o comportamento de Neymar.

Seria importantíssimo.

Para os três.

Ele, Neymar e a seleção.

PS

Cebolinha foi o grande nome.

Pela diferença técnica entre os dois times, o Brasil precisaria ganhar com muito mais facilidade.

Mas, aí, não seria Tite.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.