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Atlético, PSG e Fluminense lutam contra a rapinagem

Menon

12/07/2019 14h18

O Atlético de Madrid entrou em uma briga feia com o Barcelona por conta do pagamento da multa do francês Griezmann. No dia 1 de julho, o valor caiu de 200 para 120 milhões de euros.

O Barça depositou. O Atlético deseja receber os 200 milhões. Alega que jogador e o clube catalão já haviam se acertado antes.

Totalmente leigo no assunto, acho que o Barça ganha a briga. A fria letra da lei está a seu lado. Como provar que houve um acordo formal antes de julho? Mesmo que tenha havido.

Moralmente – se é que há uma moral capitalista – a razão é do Atlético. Os clubes com mais dinheiro fazem de tudo para desrespeitar os outros menores.

Acertam tudo com o jogador, que passa a faltar em treinos e a fazer pressão pela saída. Ora, bastaria pagar a multa. Mas não querem. Então, negociam com a faca no pescoço do mais pobre.

Foi o que o Barça fez com o Liverpool quando contratou Coutinho. É sempre o mesmo modus operandi. E talvez se repita com Neymar. Ele já avisou Leonardo que deseja sair. O primeiro passo foi dado.

O Fluminense tem sido vítima preferida no Brasil. O Palmeiras seduziu Richarlison, que pediu para ficar fora de um jogo importante. Até Cuca, então treinador, entrou no meio do negócio, em atitude ridícula. Disse que Abel, que dirigia o Flu, não ficaria desprotegido, porque ele liberaria alguns jogadores.

O Fluminense não aceitou e vendeu Richarlison para o Wattford. Por muito mais dinheiro. Houve também o caso Scarpa, mas como o Fluminense devia ao jogador, perdeu a razão.

Agora, foi o caso de Pedro. O Flu resistiu à investida do Flamengo, apesar do desejo do jogador. Vai conseguir muito mais dinheiro em uma venda futura. E vai ter mais qualidade técnica enquanto tiver o jogador.

O Atlético eu não sei, mas o Fluminense não é santo. Já foi predador. Inclusive contra o Palmeiras, no caso de Thiago Neves há alguns anos.

São atitudes que não fortalecem o futebol. O "quem pode mais, chora menos" acaba prejudicando a todos.

A rapinagem acaba se voltando contra o rapinador.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.