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Fernando Diniz merece um grande elenco. Merece?

Menon

28/07/2019 15h36

Imaginem a seguinte situação. Um time grande termina o ano jogando mal e perdendo muitos jogos. Escapa do rebaixamento por pouco.

A diretoria de reúne em busca de solução para os dois problemas:

1) O jogo feio, retrancado e com ligação direta.

2) Os péssimos resultados.

É contratado um novo treinador.

Seis meses depois, apenas um problema foi resolvido.

Se fosse o seu time, qual problema você queria ver sanado?

No caso do Fluminense de Fernando Diniz, temos um time que melhorou nos aspectos técnicos e táticos. E que continua perdendo. Tanto ou mais que nos tempos de Abel e Marcelo Oliveira.

É muito semelhante ao que ele fez no Furacão. Um padrão.

Estranho padrão.

Joga bem e perde.

É o elenco?

Mas o Furacão melhorou muito com Tiago Nunes.

Os fãs de Fernando Diniz o defendem ao extremo. É o único treinador que pode perder todas e que será elogiado: ou porque joga bem ou porque fez um jogador render em outra posição…

Não vejo Fernando Diniz capaz de fazer um time fraco render, como Luxemburgo tem feito com o Vasco. Ter a humildade (estamos falando de Luxa) de defender e conseguir pontos inalcançáveis antes de a bola rolar.

Diniz merecia um elenco melhor, como Palmeiras, Flamengo e Cruzeiro?Ter jogadores capazes de jogar bem e vencer? Com certeza, teria melhores resultados. Mas, o que ele fez, em termos de resultados e de currículo para merecer um convite?

Se eu fosse um cantor, gostaria de ser daqueles que tocam no rádio, que fazem sucesso com o povão. Queria ser Agnaldo Timóteo, Fernando Mendes, Jerry Adriani. Vando.

Dinz prefere o culto de seus adoradores. Em vez de ser Stones, ele prefere ser aquela bandinha de garagem da quarta maior cidade do País de Gales. Aquela genial que nunca vendeu mais que 18 vinis, 14 CDs e que não está no Spotify.

Ganhar é só um detalhe.

Cair é só consequência.

O que vale é ter estilo.

 

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.