Corinthians ofende a História
O Corinthians cometeu um atentado contra a História. E contra a sua própria História.
Vamos relembrar o caso.
Em 2018, o clube voltou a competir no basquete, esporte em que tem um passado glorioso, com a participação de Wlamir Marques, talvez o maior jogador brasileiro de todos os tempos.
O Corinthians venceu a Liga Ouro, que permitiu o acesso ao NBB.
Quando o título se confirmou, com uma vitória sobre São José, o capitão Gustavinho comemorou com uma camisa onde cobrava a solução do assassinato da vereadora Marielle Franco. Ele teve a autorização de um diretor para usar a camiseta.
É um fato. Gustavinho usou uma camiseta cobrando a solução de um assassinato.
Passado um ano, é feita uma exposição sobre a história do basquete. E alguns conselheiros exigiram que a camiseta não fosse exposta.
Impediram que a História fosse contada. Um absurdo.
Assustador é o motivo alegado. O Corinthians é de todos. Como assim? Então, há corintianos a favor do assassinato? Ou contra a solução do assassinato.
Além de esconderem um fato histórico, cospem no passado do clube, cuja torcida pediu Anistia e cujo grande ídolo pediu Diretas Já.
Quando agora se falar desse fato, teremos de relembrar que há corintianos na diretoria que apoiam assassinatos.
Um grupo de torcedores se insurgiu contra a resolução de tirar a camisa da exposição e fará uma vigília em protesto.
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