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Vestiário não resolve. Joga bola, Juanfran

Menon

12/08/2019 12h41

As contratações de Daniel Alves e Juanfran chegam acompanhadas de análises sobre como os dois jogadores poderão influenciar o tal vestiário.

Algo que eu considero superavaliado. O importante é jogar bola, fazer a diferença em campo, o que parece fácil para ambos. Muito mais para Daniel.

O São Paulo tem algum exemplos recentes. Hernanes pode ter sido importante no relacionamento com outros jogadores, mas foi bom mesmo no campo. Salvou o time do rebaixamento em 2017. Agora, não está bem física e tecnicamente. E ninguém fala de sua importância no vestiário.

Spoiler. Será assim com Juanfran, se ele não jogar bem.

Lembremos de Kaká, que voltou em 2014. Muricy, o treinador, disse que ele foi um exemplo. Que os jovens tinham um grande exemplo ao ver um craque consagrado treinando com muita aplicação.

Tudo bem, mas e o campo? Foi uma decepção. Não fez a diferença. Jogou menos que Michel Bastos.

Valeu o que fez no vestiário?

E Lugano?

Quando chegou, muitos torcedores diziam coisas do tipo "ele vai dar tapa na cara do Michel Bastos".

E o que aconteceu? Lugano mostrou todo seu amor ao clube, comportou-se como um torcedor no banco de reservas, fez de tudo para ajudar. Como sempre.

E em campo?

Injusto julgar. Teve poucas chances com Ricardo Gomes e Ceni. Quando entrou, deu conta do recado.

Seria mais importante em campo do que fora dele, no tal vestiário.

Zé Roberto, no Palmeiras, fazia grandes discursos. Ceni também. Ricardo Oliveira ainda faz. Mas, quando a idade chega, não decidem mais. Vestiário não basta.

O Corinthians de Edilson, Vampeta e Rincón tinha muitas brigas no vestiário. Edmundo e Evair se estranhavam no Palmeiras. E ambos foram campeões.

Evidentemente, me lembra o Grossi do UOL, ninguém quer um Cueva no vestiário. Evidentemente, Daniel Alves e Juanfran podem acrescentar muito. Mas, foram contratados para jogar bola. E não para serem donos do vestiário.

 

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.