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Rodrigo Caio colocou Guerrero no bolso

Menon

22/08/2019 11h58

Paolo Guerrero é um grande centroavante. Um definidor como poucos. Frio como um iceberg. Muito técnico, mas também muito forte. Quando abre os braços na área, torna-se uma Muralha da China a proteger a bola. Fica com ela ou faz o pivô, servindo um companheiro.

Rodrigo Caio tem 1,82m e 7O quilos. Três centímetros e 12 quilos a menos que Guerrero. Mesmo assim, mais frágil fisicamente, dominou o peruano. Com grande impulsão, foi muito bem no alto. E, por baixo, usou os atalhos. Antecipou-se sempre, evitando o contato físico. Ganhou o duelo.

Uma pergunta capciosa: Guerrero ficou nervoso por ser dominado, ou o fato de estar nervoso ajudou Rodrigo Caio a dominá-lo? Ou, tudo junto?

O fato é que Guerrero tem um comportamento muito agressivo em campo. Grita com todos. Quer apitar o jogo. Um exagero que não ajuda.

Rodrigo Caio fala muito menos. E, quase calado, está reconstruindo uma carreira que estava estagnada por conta de algumas contusões, erros e insanidade de parte da torcida e diretoria que não perdoou um gesto de civilidade do jogador nascido no clube.

Os dois devem se enfrentar nas próximas Eliminatórias.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.