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Cuellar chantageia o Flamengo. Péssimo profissional

Menon

24/08/2019 12h07

As férias em Aguaí, há 40, 50 anos, eram agitadas pela Sec-Uni. Secundaristas e universitários se enfrentando em vários esportes, coletivos e individuais.

Em uma das edições, houve um impasse. Durante o desenrolar da competição, saiu o resultado de um vestibular. Juarez Ribeiro Pinto, irmão de Jair Bolinha e do Piloto, foi aprovado.

Ele jogava vôlei e já havia participado do primeiro jogo, defendendo os secundaristas. Poderia passar para o time dos universitários durante a competição?

A decisão coube ao professor Luiz Carlos Sorencen Martucci. Qual foi? Não me lembro.

O caso Juarez me lembra Cuellar. No primeiro, ainda havia um fato específico – a admissão na faculdade – a justificar a mudança. No caso de Cuellar, não.

Ele renovou contrato até a metade de 2022. E decidiu que não quer jogar mais. Sonha com a Europa e tem proposta do tal mundo árabe.

E pede para não jogar. Comunica que não deseja jogar.

E a palavra?

E a assinatura?

E o compromisso?

E a honra?

Esquece. O que vale é a ausência de tudo isso. A falta de profissionalismo. O desrespeito ao clube e ao esporte.

Se fosse um cidadão (nem falo de atleta) decente, ele deveria:

Procurar a diretoria.

Dizer que deseja sair.

Pedir maleabilidade da diretoria na negociação.

E jogar. Jogar todas as partidas com respeito à camisa que veste.

Doce ilusão. No futebol de hoje, vale a vontade do empresário. E ela está sempre mais perto da chantagem do que da honra.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.