Cuellar chantageia o Flamengo. Péssimo profissional
As férias em Aguaí, há 40, 50 anos, eram agitadas pela Sec-Uni. Secundaristas e universitários se enfrentando em vários esportes, coletivos e individuais.
Em uma das edições, houve um impasse. Durante o desenrolar da competição, saiu o resultado de um vestibular. Juarez Ribeiro Pinto, irmão de Jair Bolinha e do Piloto, foi aprovado.
Ele jogava vôlei e já havia participado do primeiro jogo, defendendo os secundaristas. Poderia passar para o time dos universitários durante a competição?
A decisão coube ao professor Luiz Carlos Sorencen Martucci. Qual foi? Não me lembro.
O caso Juarez me lembra Cuellar. No primeiro, ainda havia um fato específico – a admissão na faculdade – a justificar a mudança. No caso de Cuellar, não.
Ele renovou contrato até a metade de 2022. E decidiu que não quer jogar mais. Sonha com a Europa e tem proposta do tal mundo árabe.
E pede para não jogar. Comunica que não deseja jogar.
E a palavra?
E a assinatura?
E o compromisso?
E a honra?
Esquece. O que vale é a ausência de tudo isso. A falta de profissionalismo. O desrespeito ao clube e ao esporte.
Se fosse um cidadão (nem falo de atleta) decente, ele deveria:
Procurar a diretoria.
Dizer que deseja sair.
Pedir maleabilidade da diretoria na negociação.
E jogar. Jogar todas as partidas com respeito à camisa que veste.
Doce ilusão. No futebol de hoje, vale a vontade do empresário. E ela está sempre mais perto da chantagem do que da honra.
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