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Menon

Dudu e Scarpa, bananas de pijama

Menon

28/08/2019 11h25

Amigos, vamos imaginar o que se passou no cérebro de Cebolinha, um milionésimo de segundo antes de ele resolver encarar aquela corrida – que ficará na história do Grêmio – contra a defesa do Palmeiras.

Qual foi a ordem? Qual foi a sinapse? Agora ou nunca? Vou pra cima? Tem um espaço ali? Vou encarar?

Foi um ato de coragem, de ousadia, de rebeldia, de imposição.

Força mental.

E fica a pergunta: por que os jogadores do Palmeiras não fazem igual? Não têm essa chispa, essa iluminação? Por que ficam atentos e sujeitos à orientação do treinador? Aliás, é evidente que Felipão, mesmo sendo conservador, não impede ousadia de ninguém.

Sim, porque é de ousadia que se trata. Temos tática, plano de jogo, vídeos, comunicação com a cabine, reza, palestra no vestiário, mas é preciso mais, principalmente em jogos assim.

Hay que tener cojones.

Dudu, o melhor do último Brasilero, o ausente nas listas de Tite, não teve. Scarpa, por quem o Palmeiras brigou tanto, não teve.

Não estavam fardados para a "guerra". Estavam de pijama, prontos para o Netflix ou Sessão da Tarde.

Prontos para a derrota e não para a glória.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.