Fluminense à beira do precipício.

O Fluminense vai cair. Se houvesse analistas de risco no futebol, como existe no mercado financeiro, o conselho seria não arriscar um tostão furado na permanência. Ou apostar na permanência, em busca de uma zebra muito lucrativa.

São 15 pontos em 18 rodadas. Precisa o dobro para não cair. A missão é vencer dez dos 20 jogos restantes. Um rendimento parecido com o que o Galo teve até agora.

E a aritmética é o menor problema. O Fluminense é vítima de seu estilo de jogo. Joga um futebol muito acadêmico, com muitos passes e pouca luta no meio.

Como ter um time competitivo, um time que brigue duramente por espaço, escalando Nenê e Ganso juntos? Muita técnica e pouca velocidade.

Contra um time de qualidade técnica como o Palmeiras? É pedir para perder.

O Fluminense precisa jogar como o CSA jogou contra o Fluminense. Lutar por cada centímetro, defender muito…Quem sabe consegue pontos improváveis. Foi assim que o CSA o derrotou no Maracanã.

A situação atual é reflexo de uma série de problemas mal resolvidos: perda de jogada (Luciano, Everaldo, Pedro etc), azar, VAR e o radicalismo de Diniz, que montou um time com posse de bola, finalizações e muitos problemas defensivos.

As decisões erradas continuaram com a escolha de Oswaldo, um treinador de enorme currículo, mas sem expertise em lutar contra o rebaixamento. É adepto do futebol bonito, não é bom em arrumar defesa.

O que faria mudar tudo no Fluminense para que a queda seja evitada? Sei não. Milagre? Milagres não existem.