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A triste e rasa contribuição de Fábio Luciano ao debate

Menon

23/09/2019 10h42

Fábio Luciano disse no programa Bola na Veia que Jorge Jesus, técnico do Flamengo, não deveria opinar sobre a seleção brasileira porque não é brasileiro.

Ele se portou como um xerifão da zaga e não como alguém que está ali para exercer uma função jornalística.

Em vez de discutir, de concordar ou discordar com Jesus, ele optou por negar ao outro o direito de opinar. E nega este direito baseado na nacionalidade da pessoa. Xenofobia, não?

Não falo por corporativismo. Sou contra a obrigatoriedade do diploma. Sou contra reserva de mercado para jornalistas. Todas as pessoas têm direito a falar sobre todos os assuntos.

Mas tenho o direito de questionar o que ouço. Os canais de televisão buscam cada vez mais ex-jogadores para seus programas. São uma grife. Não se preparam para assimilar alguns conceitos fundamentais da profissão que estão exercendo. E, para meu gosto, falam platitudes.

A invasão é tamanha que um efeito paralelo está ocorrendo.

A cada ano, o nível técnico da Copa Imprensa da Aceesp aumenta muito. E, na mesma proporção, o nível dos programas jornalísticos diminui.

Adoraria que fosse o contrário.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.