Flu precisa de treinador como Argel. Mas prefere afundar como o Titanic
A fé cega é fundamental para religiões. É preciso crer sem ver, como aprendeu São Tomé. Nos assuntos mais, digamos, terrenos, as certezas deveriam vir acompanhadas de evidências.
Para mim, ao contrário de muitos colegas, não há nada que justifique a afirmação de que o Fluminense melhoraria se Fernando Diniz fosse mantido. Não há evidências, fatos. Apenas a fé cega.
Não importa se o time fez campanha pior que a do Bangu no Carioca. Ou que tivesse apenas 12 pontos ganhos no Brasileiro. Oswaldo já ganhou seis pontos – metade dos 12 – mas ao banzo da posse de bola é enorme. Se estivesse ainda no comando, o time reagiria e jogaria bonito.
Nada de Oswaldo, dizem.
Bem, eu deixei claro que considerava errada a contratação de Oswaldo. Ele não tem sido efetivo – já há um bom tempo – no trabalho de montar defesas.
Mas clubes grandes detestam argéis e liscas. Gostam de grife. O aristocrático Fluminense não se sentiria bem sob a direção de Argel Fucks, acredito. "Ah, é treinador para o CSA".
E o CSA está reagindo com ele. Em onze jogos, conseguiu três vitórias e quatro empates. São 13 pontos. Antes dele, o time tinha apenas seis.
Qual a fórmula? Competitividade, disputa pela bola, defesa forte e contra-ataque. Elementos que estão presentes também no receituário de Lisca Doido.
Receita antiga e sem charme. Não parece adequada só Fluminense. Com Oswaldo, o Fluminense vai afundar elegantemente. Como o Titanic e seus músicos que encararam a morte de forma altaneira. De fraque, cartola e violinos afinados.
E suspiros saudosos por Diniz.
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