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Com Alisson, Brasil rompe última barreira

Menon

24/09/2019 13h08

Em 2009, escrevi um livro chamado 'Os onze maiores goleiros do futebol brasileiro". Os escolhidos foram Barbosa, Castilho, Gylmar, Raul, Leão, Taffarel, Dida, Marcos, Rogério Ceni, Júlio César e Zetti. Se houvesse nova edição, o livro teria Alisson e mais dez.

O gaúcho revelado pelo Inter ganhou o mundo. Bem antes de faturar o troféu da FIFA. O troféu está atrasado, como Alisson nunca está.

Goleiro discreto, bem colocado sempre, boa impulsão, qualidade com os pés, Alisson é segurança na seleção e no Liverpool.

Hoje, está acima de questionamentos. Foi diferente na Copa, quando não sofreu nenhum gol defensável e também não fez nenhuma defesa salvadora. Ficou uma dúvida no gol da Suíça. Deveria ter sido mais agressivo na saída do gol? Bem, ninguém é perfeito.

O certo é que Alisson é resultado de uma melhora constante na preparação de nossos goleiros. No livro, conto uma piada que existia nos anos 50 e 60, quando a Argentina tinha craques como Roma e Carrizzo.

Sabe qual a diferença entre goleiros brasileiros e argentinos? Quando tem uma bola cruzada na área, o Brasileiro grita para os zagueiros: "vai que é sua" e os argentinos gritam "sai que é minha".

Velhos tempos. Hoje, o melhor do mundo é nosso.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.