Jesus, com alma colonizadora, despreza São Paulo
Jorge Jesus é um bálsamo para o futebol brasileiro. Um alento. Faz um trabalho ótimo no Flamengo, um time sempre postado e mentalizado para o ataque. Tomara que inspire outros treinadores.
Ele sofre com xenofobia e corporativismo. É criticado porque ameaça emprego de treinadores que sofrem muito com a possibilidade de sair da zona de conforto. Fábio Luciano negou a ele o direito de se manifestar sobre a seleção brasileira porque ele é… português.
Mas Jesus também não é santo. O empate contra o São Paulo mostrou um lado birrento e arrogante. Não reconheceu os méritos do adversário.
Mais, passou a fazer comparações preconceituosas. Disse que se sentiu na Arábia Saudita.
E do quê reclama Jesus?
Faltas – São Paulo fez muitas faltas no jogo. Fez mesmo. Foram 27, segundo o Footstats. Nenhuma delas foi tão violenta quanto a de Gabigol em Daniel Alves.
Cera – Está certo. O São Paulo exagerou mesmo.
Tática – O São Paulo só se defendeu. Aí está o grande erro de Jesus e da Flapress. Ninguém pode dificultar a marcha batida do Flamengo rumo ao título. Todos devem abrir alas e estender um tapete vermelho.
Ora, o São Paulo entrou em campo para ser um problema para o Flamengo. E foi. Um problema insolúvel para Jesus.
A dúvida que fica: o ótimo Jesus não sabe furar uma retranca?
O problema é dele. Não pode se comportar como aluno reprovado no Enem e que coloca a culpa na prova. Assim, é fácil.
Jesus se comporta como José de Anchieta. Veio ao Brasil para catequizar os índios. Para trazer verdades absolutas. Não pode ser contestado.
Alma colonizadora.
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